Boloz

segunda-feira, dezembro 24, 2007

Casos do Jogo: A análise de Mocho Coroado

E como em todos os grandes jogos, não podem faltar os casos, o de hoje não foi excepção. O primeiro caso em análise é o penalti cometido por João Silva na primeira parte (defendido de forma brilhante por Mocho). Vozes paternalistas para com o “internacional” português afirmam que o conceito de grande penalidade varia de país para país, conforme a cultura futebolística, e que terá sido isso que traiu João Silva. Meia época no futebol checo poderá ter-lhe confundido as noções básicas de como disputar uma bola numa grande área portuguesa de forma violenta sendo assinalada falta a favor do jogador infractor. Parece-me no entanto claro que João Silva quis sim deixar a sua marca no jogo, e como era pouco provável consegui-lo fazer de forma positiva, quis fazê-lo pela negativa. Porém, Mocho não permitiu que João Silva “brilhasse” e defendeu a grande penalidade.

O segundo caso em destaque trata-se de uma alegada agressão a Pêpê por parte de um cotovelo dos "Amigos do BET". Tratou-se de um lance curioso, onde toda a equipa do BET ficou a reclamar falta e o respectivo cartão vermelho directo excepto… Pêpê, que seguiu com a jogada como se nada fosse. Estaremos perante uma nova corrente de vanguarda na teatralização dos lances, que deixa a anos-luz as escolas de João Vieira Pinto e Liédson?

O último caso do jogo a analisar é uma suposta grande penalidade que terá ficado por assinalar a favor da equipa dos Amigos, rapidamente negada pela defesa do BET: “Não é penalti, é canto”. O que interessa na análise deste lance não é se estamos perante uma disputa de bola à margem das leis do jogo ou não, mas sim a total falta de companheirismo de toda a equipa do BET para com o seu capitão Mocho. Sendo Mocho um especialista nato a defender grandes penalidades, não se compreende a preferência por um pontapé de canto, que provavelmente envolveria futebol aéreo… É claramente querer “queimar” um dos jogadores mais valiosos do plantel.Para terminar, nota negativa para a arbitragem que não teve qualquer influência no resultado, quebrando com uma das mais belas e longas tradições em jogos do BET.

Contribuição de Mocho para o Boloz

BET - Classificações

Pêpê (melhor em campo do BET): 9
Todo-o-terreno. Rubricou a melhor exibição da equipa. Foi autor de um tento de belo efeito e esteve em todo o lado. Começou como médio organizador, terminou a lateral-esquerdo, na ajuda à defesa, sempre com a mesma regularidade e excelência. Um jogador com uma maturidade acima da média, que pode pisar brevemente os grandes palcos do futebol português.
Mocho: 7
Intransponível. Ou quase. O homem-elástico do BET revelou enorme personalidade num dos lances decisivos da partida, ao defender uma grande penalidade. No mais, a exibição do costume, boas defesas durante a partida e o habitual frango no final.
Ricky: 6
Abnegado. Faz da força física a sua principal arma. Como lateral-direito a “full-time” e agressivo q.b., foi um dos esteios defensivos da equipa na segunda-parte. Importante no incentivo moral durante o intervalo.
Miranda: 7
Classe. Por ele, os anos não passam. Nem os defesas. As dificuldades em acompanhar os adversários evidenciadas na primeira parte foram compensadas com a experiência e sentido posicional, na segunda metade. Juntamente com o seu companheiro de sector, foi uma das vozes de comando da equipa.
Rui: 7
Providencial. Tal como Miranda, poucos passaram por ele. Menos bem no lance em que Nélson acabou por marcar, o defesa de tez mais escura limpou quase tudo o que entrava no seu raio de acção, com destaque para o corte em cima da linha, a evitar um golo que parecia certo.
Nuno: 7
Titubiante. O ambidestro beteriano entrou mal na partida, talvez pelas dificuldades físicas que apresentava. Melhorou bastante na segunda parte, com um golo feliz e importante para a equipa. Acabou por não apresentar mais queixas até ao final da partida.
João: 7
Incansável. Perdido no meio-campo, melhorou no segundo tempo, como box-to-box da equipa. Marcou um belo golo no final da partida, numa bomba indefensável para Marco. O penalty provocado e a excessiva agressividade não apagam a boa exibição.
Henrique: 7
Inconformado. Fraca exibição na primeira parte, o menino dos caracóis castanhos subiu bastante de produção no segundo tempo, como médio mais recuado. Usou a sua velocidade de execução e boa capacidade técnica para organizar o jogo, a partir de trás, algo que faltou nos primeiros 45’.
Pedro Abrantes: 7
Altruísta. Como médio mais próximo do avançado, procurou sempre assistir da melhor forma os seus colegas. Excelente visão de jogo na assistência para André, no sétimo golo da equipa. Execução técnica perfeita no primeiro golo da partida.
Cruz: 6
Dedicado. A resistência do músico tecnicista cedo se foi embora. Mesmo assim, foi importante no ataque da equipa, sobretudo no capítulo das assistências. A defender, evitou pôr o pé, para não colocar em risco a sua integridade física.
André: 8
Decisivo. Após uma primeira parte de menor fulgor, com algumas perdidas clamorosas junto da baliza de Marco e a acusar uma boa dose de individualismo, o possante avançado beteriano foi autor de quatro golos - todos na segunda parte, com destaque para o último.
Gui: 5
Esforçado. Mas pouco mais que isso. Pouco rigoroso nas tarefas defensivas, imprimiu velocidade na ala direita, não conseguindo desfeitear Marco por duas ocasiões, na segunda parte.

Amigos do BET - Classificações


DIGAS (melhor em campo dos "Amigos"): 8
Gigante. De pequeno tem muito pouco. Digas dominou todo o meio campo, jogou, fez jogar, correu, assistiu, cortou. Um pau para toda a obra. Não merecia o resultado final. Formou, com Pedrinho, uma dupla incansável na intermediária dos "Amigos". É um jogador talhado para os grandes palcos.
Marco: 6
(In)Segurança. Marco travou um duelo bastante interessante com André, que acabou por levar a melhor (marcou 4 golos). Esteve bem a sair da baliza e colocou a bola na frente com intenção. Limitou-se a ver jogar em grande parte do primeiro tempo e quando foi chamado a intervir respondeu à altura. Teve culpa no golo de Nuno que fez um grandioso chapéu ao cruzar sobre a esquerda.
Gustavo: 6
Esforçado. Gustavo jogou na lateral direita, no meio, na ala, no ataque. Palmilhou todas as partes do terreno de jogo e soube sempre jogar simples e com clareza. É um jogador que não inventa e por isso mesmo afastou-se um pouco de Cenoura, com quem não conseguiu criar desequilíbrios no lado direito.
Álvaro: 6
Combativo. o central Álvaro foi bastante importante na primeira parte a impor respeito ao tridente atacante do BET. Soube sair a jogar e procurou sempre dar a bola o mais "redonda" possível aos seus colegas. Quebrou fisicamente na segunda parte e não teve capacidade para travar as rápidas investidas do adversário.
Gonçalo: 5
Atribulado. Teve uns furos abaixo do seu companheiro de sector. Gonçalo até esteve bastante interventivo no primeiro tempo, comandando a defesa com uma dureza que deve ser sublinhada. Não foi admoestado mas podia tê-lo sido por várias vezes. Quebrou, tal como Álvaro, na segunda metade do jogo.
Máximo: 7
Incisivo. Aquele pé esquerdo não engana. Lembra Óscar Cardozo na medida em que o pé direito serve apenas de apoio para andar e para correr. Passeou por todo o campo e apareceu várias vezes à entrada da área guardada por Mocho. Não foi o lateral esquerdo que a equipa necessitava para criar superioridade na linha, mas soube procurar e descobrir espaços vazios no meio.
Albano: 5
Distante. Albano esteve bem na primeira parte, a impor o seu físico e a sair a jogar com perícia e visível qualidade. Sempre combativo, esteve vários furos abaixo na segunda parte e nunca soube bem que parte do terreno pisar. Alheou-se do jogo e a equipa perdeu muito com isso.
Pedrinho: 7
MacGyver. Pedrinho encontra espaços que mais ninguém vê. Não é um tecnicista, mas o pé esquerdo tem muita qualidade. Protege e guarda a bola como poucos e apenas perdeu um confronto físico, e logo com o possante André. Envolveu-se no ataque e, apesar de ter rematado sempre mal, correu muito e jogou sempre a um nível constante.
Nélson: 6
Vagabundo. Não por amor, mas por todo o campo. Nélson deambulou pela esquerda, foi à direita, deu um pulinho ao meio e tudo no ataque. Sim, porque foi impossível ver Nélson em missões defensivas. Ainda assim, marcou um bom golo num remate rasteiro de pé esquerdo e foi sempre perigoso no 1 para 1.
Nest1: 8
Flash, OhOhhh. É o termo indicado para classificar este rapidíssimo jogador. Fez um hat-trick e podia ter feito mais se o remate não lhe tivesse saido muito mal na maior parte das vezes. Procurou muito a jogada individual para fazer uso da sua velocidade e perdeu fulgor no fim do jogo, quando os "Amigos" mais precisavam dele.
Cenoura: 5
Inconsequente. Falhar um penalty de forma tão clamorosa não podia ser bom indicativo para o que estava para vir. Nunca soube aproveitar a enorme qualidade técnica que Deus lhe deu e foi demasiado individualista. Não se entendeu com os colegas e também foi pela fraca prestação de Cenoura que os "Amigos" não fizeram melhor.
Rúben: 8
Lucho. Grande jogo de Rúben. Uma exibição coroada com dois golos e com outros tantos momentos de inspiração. Trouxe equilíbrio à equipa e jogou sempre com grande entrega e convicção. Rematou bem e passou melhor num claro sinal de capacidade técnico-táctica pouco comum. Um jogador a seguir.

domingo, dezembro 23, 2007

BET 8-6 Amigos do BET (crónica)

Jogo de contrastes no sintético do Estádio Municipal dos Maristas. O BET venceu por 8-6 uma equipa repleta de estrelas do resto do mundo e deu uma demonstração de garra, fantasia e atitude que há muito não era vista. O jogo começou muito aberto com oportunidades de parte a parte e com os "Amigos" a aproveitarem as fragilidades físicas de Nuno, o lateral-esquerdo do BET, que depois de se habituar às dores na coxa direita, partiu para uma exibição de luxo. A equipa da casa adiantou-se no marcador depois de uma desmarcação de André pela direita. O possante avançado do BET isolou-se, a corresponder a passe de Cruz, foi mais rápido que a defesa adversária e cruzou para Pedro Abrantes finalizar. Estava feito o 1-0 e a festa nas bancadas dizia muito do que se passava dentro de campo.

E aparece... Nest1
Minutos depois, a equipa dos "Amigos" reage e consegue chegar ao empate naquele que foi um dos lances mais espectaculares do encontro. Nest1 recebe a bola pelo lado esquerdo, perto da linha lateral, corre desenfreadamente pela lateral, deixa para trás Ricky e Miranda, flecte para o meio e dispara fortíssimo sem hipótese para o guarda-redes Mocho. A partir daqui a história do jogo mudou com a desorganização da equipa do BET. No ataque, André não conseguia concretizar e Henrique e Cruz não se encontravam. No meio campo, sob a batuta de Pêpê, Pedro Abrantes era o médio box-to-box que tentava transportar a bola de trás para a frente e João Silva ainda não estava "dentro" do jogo da equipa. Mais atrás, Rui ia limpando como podia, apoiado pela classe de Miranda e pela entrega de Ricky.

Os "Amigos" estavam melhor e marcaram de novo por Rúben, recém entrado na partida. Isolado, não teve qualquer dificuldade em bater Mocho, que logo a seguir ficou ligado à história do jogo. O carismático guarda-redes defendeu com mestria um penalty conquistado e batido por Cenoura, que poderia ter feito bem melhor. O extremo bateu para a direita do capitão do BET que se lançou e defendeu com as pernas para fora. Gorada a oportunidade, a equipa forasteira continuava a jogar no meio-campo adversário e, numa rápida desmarcação, Rúben voltou a ficar frente a frente com Mocho e marcou de novo, fazendo o 3-1. O quarto golo dos "Amigos" aconteceu já no fim da primeira parte, com Nélson a rematar com a canhota junto ao poste esquerdo da baliza de Mocho. 4-1 era o resultado ao intervalo, que serviu para a equipa do BET repensar o jogo e voltar transfigurada na segunda parte.


Mudam-se os campos, mudam-se as vontades
No segundo tempo, a equipa da casa surgiu melhor nos minutos iniciais, com uma atitude diferente e com uma maior dinâmica, a procurar imprimir a velocidade e acutilância que, apenas a espaços, se fez sentir na primeira metade do encontro. Nas formações, os Amigos do BET regressaram do intervalo com o mesmo onze titular, com uma pequena nuance táctica – Gustavo subia no terreno, actuando num esquema de três defesas e quatro médios, com Cenoura, Nest1 e Nelson a formarem o trio atacante. No BET, Henrique derivou para a posição mais recuada do terreno, alternando com João a posição de primeiro tampão defensivo. Cruz passava para faixa direita, Pêpê colocava-se na ala esquerda.

E pouco depois de terem regressado, o BET inicou a recuperação, após jogada de entendimento entre Pedro e Cruz, a assistir André para o 4-2. Contudo, o novo desenho táctico dos Amigos do BET depressa começou a criar dificuldades, sobretudo na debilitada ala esquerda do adversário. Rúben surgiu na faixa direita, e centrou com conta, peso e medida, para a cabeça de Nest1, bisando na partida. Estava feito o 5-2. A resposta não tardou e o BET ganhou nova moral, sustentada pela sua concentração defensiva, que o levou a encurtar a desvantagem e a fazer o 5-3, novamente por André, a finalizar uma jogada individual à entrada da área.

Mas a equipa da casa não desistiu. Procurou estancar o ataque dos Amigos do BET, partiu para cima do adversário, e aproveitou o seu desgaste físico. E a equipa colheu os frutos. Num lance algo feliz, Nuno vai à linha e efectua um cruzamento enrolado, complicando a tarefa ao guarda-redes Marco, que, com mãos de manteiga, deixou escapá-la para lá da linha de golo. Poucos minutos volvidos, André fazia o empate, numa jogada dentro da pequena área. Era o 5-5, e os beterianos pareciam estar bem mais fortes na partida.

E o melhor estava para vir. Na sequência de um canto sobre o lado esquerdo do ataque, Pêpê assinou um dos momentos mais bonitos da partida, após um remate cruzado de fora da área. Pouco depois, o BET adiantava-se ainda mais no marcador, numa jogada de contra-ataque pela direita iniciada por Pedro Abrantes, com André a tirar Albano da frente e a disparar com o pé esquerdo um remate cruzado indefensável para Marco, com a bola a beijar as redes do ângulo superior esquerdo. Com dois tentos de belo efeito, o BET dilatava a vantagem no marcador e resolvia a partida. 7-5! Mas “Os Amigos” não desistiram. O avançado Nest1 ainda deu esperanças à equipa, ao marcar o último golo num remate de “bico” à entrada da área, com algumas culpas para Mocho. Numa jogada de insistência iniciada pela esquerda, Rúben isolou Cenoura na cara de Mocho, que rematou para o lado oposto do guardião, aparecendo Rui, a evitar, em cima da linha, aquele que poderia ter sido o golo do empate. Perto do final da partida, já com a vitória praticamente assegurada, João protagonizou o melhor momento do jogo. Depois de amortecer a bola no peito, a redondinha ficou ao jeito do seu forte remate e, à entrada da área, disparou uma bomba para a baliza dos “Amigos”, com Marco a ver a bola entrar rente à trave. Era o 8-6 a favor do BET, resultado a que se chegou ao final da partida.

Ficha de jogo:
BET: Mocho; Ricky (Gui), Miranda, Rui Costa e Nuno; João Silva, PP e Pedro Abrantes; Cruz, Henrique e André.
Amigos do BET: Marco; Gustavo, Álvaro, Gonçalo e Máximo; Albano, Pedrinho e Digas; Nélson (Rúben), Cenoura e Nest1.
Golos: Pedro Abrantes, André (4), Nuno, Pêpê, João Silva (pelo BET); Rúben (2), Nest1 (3) e Nélson (pelos Amigos do BET)

Pão-de-ló e Chiffon

terça-feira, dezembro 04, 2007

A minha namorada é um doce (acompanhar com som)

A minha namorada é um doce.
A minha namorada é um doce e eu gosto.
A minha namorada é um doce quando acorda porque só abre um olho para ler a mensagem de bom dia que eu lhe mando e fecha o outro para fingir que está a dormir.
A minha namorada é um doce quando me fala num tom ainda mais carinhoso que o normal em sinal que me vai pedir alguma coisa.
A minha namorada é um doce quando se põe bonita para mim sem eu lhe pedir nada.
A minha namorada é um doce quando me lembra que não posso comer muitos boloz para não ficar gordo.
A minha namorada é um doce quando se mostra muito cusca só para depois eu lhe dizer que é dela que eu gosto mais.
A minha namorada é um doce quando faz bochechas.
A minha namorada é um doce quando tem cíumes mongos.
A minha namorada é um doce quando diz que eu estou sempre a jogar PES.
A minha namorada é um doce quando diz que eu sou tudo.
A minha namorada é um doce quando fica a preguiçar o domingo todoooooo... comigo.
A minha namorada é um doce quando é chatinha para mim, mas eu sei que às vezes até tem razão.
A minha namorada é um doce quando me olha nos olhos.
A minha namorada é um doce :)