O nariz do petiz
E nestes momentos de ócio, em que, em estado zombie, tentamos adivinhar o número de soutien e respectiva copa das supra-mencionadas raparigas, dou por mim próprio a brincar com o meu corpo. Admito que às vezes toco-me, mas o que eu gosto mesmo é de tirar macacos do nariz.
Os meus preferidos são aqueles que ainda não se percebe se é macaco, se é ranho ou, ainda, se se trata de uma perfeita simbiose entre estes dois habitantes das mucosas nasais. Dá-me imeeeeeeeeeenso prazer puxar aqueles que estão lá mesmo no fundo, arrastá-los cá para fora enquanto sinto uma leve comichão a apoderar-se da narina em questão. Sacado o macaco, colocado na ponta do indicador, fito-o e admiro-o em todo o seu verde esplendor. Cumprimento-o com um sorriso sincero, e decido, consoante a sua forma mais ou menos sólida, se o trinco, engulo ou o atiro contra uma das quatro paredes que me circundam.
Há ainda outros que muito me agradam e que só recentemente descobri que também podia brincar com eles. Surgiram-me recentemente na minha cavidade nasal autênticos “balões de água” de pingo de nariz, “balões” esses que saltam cá para fora quando expiro com mais força. Porém o salto não é “irreversível”, isto é, ficam presos por um ligeiro fio de... líquido (não sei bem o que aquilo é, provavelmente ranho também). Se não estão a perceber, imaginem um aventureiro (“balão de água” de pingo de nariz) a fazer bungee-jumping. Estando, então, o “balão de água” de pingo de nariz ainda preso ao meu nariz, consigo fazê-lo subir em direcção à cavidade nasal ao inspirar, enquanto que ao expirar faço-o descer. Muito divertido, sem dúvida, e já partilhei este acontecimento com outros Boloz através da webcam.
Confesso que começo a ficar useiro e vezeiro deste género de brincadeiras, agradabilíssimas, diga-se de passagem, que vão sendo cada vez mais uma alternativa credível e consistente a coçar a micose.
E é para isto que o Boloz existe, para manter os nossos leitores a par dos avanços e tendências na área do não-fazer-nada.
Éclaire